Associação Náutica da Paraíba
Introdução
No começo dos tempos modernos, a frota muçulmana, comandada por piratas, era o terror dos marinheiros cristãos. Em 1.541, por exemplo, a esquadra espanhola, sob o comando do imperador Carlos V e do genovês Andrea Doria, foi destruída pelo ex-pirata grego Khair al-Din, conhecido como "Barba Roxa", que se tornara almirante da frota turca. A revanche cristã só se deu trinta anos depois, quando as armadas da Espanha, Veneza e Gênova, unidas às do papado, do duque de Savóia e dos Cavaleiros de Malta, se defrontaram nas águas de Lepanto, a 7 de outubro de 1.571, com a frota turca. Considerado a "maior batalha da história da marinha a vela", o confronto reuniu, da parte cristã, 245 navios e 84.420 homens, e da parte turca, 282 navios e 88.000 homens. Entre os soldados cristãos encontrava-se Miguel de Cervantes, autor de D.Quixote, que perderia a mão esquerda nessa ocasião. Com a derrota dos turcos, a pirataria islâmica entraria em decadência, dando lugar a moderna pirataria cristã.
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Fonte do texto e imagem
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ENCICLOPÉDIA CONHECER ATUAL. Volume 07 - História. Editora Círculo do Livro. São Paulo, Brasil. 1.981.
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Terror do comércio regular desde a Antiguidade, a pirataria foi sempre severamente punida. Os piratas agiam por conta própria, assaltando navios, invadindo portos e povoações costeiras, pilhando e saqueando. Considerados apátridas e inimigos da sociedade, o castigo mais comum para eles era o enforcamento no mastro de seu próprio navio.
Tratamento diverso era reservado aos corsários, que diferiam dos piratas por agirem em nome dos interesses de determinado país, cujo governo os autorizava a pilhar e a matar por meio de uma "carta de corso". Quando capturado, o corsário tinha certos privilégios, sendo julgado como prisioneiro de guerra.
OBS.: na imagem introdutória a essa postagem, tem-se dois piratas e um corsário (sentado). Enquanto que a maioria dos piratas preferia usar pouca roupa, os corsários exibiam vestes luxuosas, condizentes com seu status.