top of page

O Atlântico, palco de batalhas

 

Com as navegações portuguesas e espanholas, o eixo do comércio deslocou-se do Mediterrâneo para o Atlântico. Derrotada em Lepanto, a pirataria barbaresca entrou em declínio. Surgiu, então, a pirataria cristã, moderna, que se manifestaria, a princípio, sob o manto de razões patrióticas e religiosas. Assim, os ingleses, que eram protestantes, atacavam de preferência os barcos pertencentes a nações católicas (Portugal e Espanha).

 

Em 1.591, por exemplo, o corsário inglês Thomas Cavendish saqueou a cidade de Santos, no Brasil, ocupando-a durante dois meses. Quatro anos depois, outro corsário inglês, sir James Lancaster, ajudado pelos franceses Venner e Noyer e por holandeses, atacou o Recife com onze navios, obrigando a população da cidade a fugir para Olinda. 

Fonte do texto

 

  • ENCICLOPÉDIA CONHECER ATUAL. Volume 07 - História. Editora Círculo do Livro. São Paulo, Brasil. 1.981.

 

Fonte da Imagem

 

HOME     ARTIGOS

Durante o reinado de Elizabeth I, a Inglaterra protegeu os piratas que hostilizavam Filipe II, como sir Francis Drake e George de Clifford, conde de Cumberland. Mas os anos e ouro da pirataria só teriam início em 1.650, quando, terminada a Guerra dos Trinta Anos, centenas de ex-soldados, agora desempregados, passaram a viver da pirataria nos agitados mares da América Central. Suas aventuras tornaram-se célebres, transformando-se, mais tarde, em tema da literatura romântica. E foi através dos livros de dois cronistas da época, Alexander Olivier Oexmelin (Os Aventureiros do Mar na América, 1.678) e Charles Johnson (História dos Piratas, 1.724), que a fama desses bucaneiros (como também eram chamados os piratas) chegou até nós. Por essa época, várias ilhas do Caribe, como a de Tortuga, ao norte de San Domingos, e a de Vaca, próxima à Jamaica, eram conhecidas como "terra de piratas". Tortuga chegou a ter um governador, D'Ogeron, que recebia 10% das riquezas pilhadas e desembarcadas na ilha. Os Grandes piratas eram, então, Henry Morgan, Pierre le Grand, Pierre Franc, Alexandre, conhecido como "Braço-de-Ferro", e Roc, cognominado "o brasileiro", mas que era holandês.

 

Em 1.968, a rivalidade entre a França e a Inglaterra pôs fim à solidariedade dos "Irmãos da Costa", espécie de Confraria que congregava os piratas de distintas nacionalidades que agiam no mar das Antilhas. Era o início do fim. Sem apoio oficial e as famosas cartas de corsários, a pirataria entrou num lento declínio. Nas primeiras décadas de 1.700, apenas alguns nomes ainda infundiam terror: Edward Tach, o Barba-Negra (decapitado pelo tenente Maynard, 1m 1.718), Steve Bonnet, o capitão Lewis, Edward Davis, Bonny e Mary Read. Um dos mais refinados piratas que viveram nessa época foi Barbthlomew Roberts. Vestia-se de damasco vermelho, estampado com flores de ouro, e levava uma cruz de brilhante ao pescoço.

bottom of page