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Escala Natural

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Autor: Professor M.Sc. Ticiano Alves

Fundador e Editor-Chefe do Rumo Magnético

Coordenador do Programa Sagres / CRPNM / IFPB

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

  • MIGUENS, P. A. Navegação: a Ciência e a Arte. Volume I - Navegação Costeira, Estimada e em Águas Restritas. 1996.

De acordo com MIGUENS (1996), denomina-se escala natural como sendo “a escala de latitudes em um determinado paralelo, normalmente o paralelo médio (Lat média) da área abrangida”.

 

O que justifica a escolha do paralelo médio como referência para a escala natural é o fato dele ser o único paralelo que é representado sem deformações de escala.

Mas, enfim, de maneira prática, o que realmente vem a ser escala? É a representação de um valor real da superfície terrestre na forma gráfica (carta ou mapa). A relação entre o valor real e o valor gráfico é dada pelo denominador, quanto maior o denominador da escala, menor a escala. Quanto maior for a escala, mais detalhes do trecho estarão representados na carta.

Vimos na postagem intitulada CLASSIFICAÇÃO DA NAVEGAÇÃO, que cada tipo de navegação possui uma precisão diferente. Para complementar essa informação, podemos afirmar também que cada tipo de navegação exige um tipo diferente de carta. O que irá determinar a escolha da carta é, portanto, o grau de detalhes da mesma. Quanto maior for a precisão requerida pela navegação, maior será o grau detalhes que a carta deverá possuir e, consequentemente, maior deverá ser sua escala.

No volume I do Livro "Navegação: A ciência e a arte" (MIGUENS, 1996), é apresentada uma relação entre a classificação da escala, o tipo de navegação e o valor da escala. A relação desses parâmetros podem ser observados na figura 1.

Figura 1 - Relação entre classificação da escala, valores e tipo de navegação (MIGUENS, 1996).

As cartas náuticas publicadas pela Diretoria de Hidrografia e Navega - DHN da Marinha do Brasil, podem ser classificadas da seguinte maneira:

Figura 2 - Classificação das cartas náuticas publicadas pela DHN de acordo com a escala (MIGUENS, 1996).

Para entender melhor escala vamos a alguns exemplos.

EXEMPLOS:

1

Com que comprimento gráfico seria representada uma distância de 200 metros em uma carta na escala de 1 : 100.000?

Com que comprimento gráfico seria representada a mesma distância do exemplo anterior em uma carta na escala de 1 : 20.000?

2

Agora vou mudar o tipo de exemplo e levá-lo mais para o âmbito prático. Peguei alguns títulos de cartas brasileiras e espanholas e iremos usá-los nos exemplos seguintes para que todos se habituem onde encontrar o valor da escala. Poderão observar que não importa o país de origem das cartas, o valor da escala sempre é exposto em seu título. Para os exemplos abaixo, clique no título da carta náutica para ampliá-la.

4

Quanto mede no terreno, em metros, uma dimensão cujo valor gráfico, medido sobre a carta "DE CABO DE LA NAO A BARCELONA CON LAS ISLAS BALEARES", é 20 milímetros?

Quanto mede no terreno, em metros, uma dimensão cujo valor gráfico, medido sobre a carta "DE CABO TIÕNOSO A CABO CANET", é 15 milímetros?

3

Quanto mede no terreno, em metros, uma dimensão cujo valor gráfico, medido sobre a carta "PORTO DE SANTOS", é 5 milímetros?

5

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