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As Aventuras de Jotão 

 

A minha Grande Aventura - Introdução

Após certificação que obtive no Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima – CRPNM, do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia – IFPB, em Cabedelo, obtive, no primeiro semestre de 2014, a habilitação de Mestre Amador, conferida pela Marinha do Brasil. Então, busquei realizar meu sonho de menino de navegar e velejar. E, aos 61 anos, pela primeira vez na vida, embarquei num veleiro, naveguei e velejei, aproveitando cada instante desta maravilhosa experiência, para aprender o que fosse possível na arte de velejar e por em prática o que fosse possível do aprendizado teórico, na arte de navegar. Para tanto, fui aceito como tripulante no veleiro TIMSHEL de trinta pés, do comandante Ronaldo, que iria trazer seu veleiro do Rio para Recife, para participar da Refena 2014(regata Recife –Fernando de Noronha – Natal) e estava em busca de tripulantes.

 

O tamanho do desafio era atravessar quase toda extensão da costa leste do Brasil, saindo do Rio de Janeiro, mais precisamente do Iate Club Jurujuba, em Niterói, e indo até ao Recife, no Iate Club Cabanga. Todas as pernadas que participei da navegada totalizaram 1073 milhas náuticas com parte delas vencida a motor e o restante, a maioria, vencida a vela.

 

Durante toda a travessia se realizou principalmente navegação estimada, em aguas restritas, costeira e oceânica com auxílio de equipamento eletrônico (GPS). Foram utilizadas varias mareações, tais como: orça, bolina cochada e través. Durante boa parte do tempo se velejou no contra vento. Em momento algum se recebeu ventos pela popa, portanto, não se usou a armação de “asa-de-pombo”. Orçar e arribar eram manobras constantes para evitar planejamento e ganhar velocidade. Receber o vento de través, também ocorria bastante. A velocidade conseguida compensava o desconforto de se ficar adernado, ora para um bordo, ora para outro, quase todo o tempo amurado e com velas enfunadas. Posso dizer que a velocidade média ficou na faixa de cinco nós. Nos momentos de maior lentidão, cerca de três nós, motorando ou não. Não raro, ficava-se acima de sete nós.

 

Ao longo da costa zarpei e parei diversas vezes conforme o roteiro abaixo. Consegui chegar ao Recife na data prevista. No entanto houve eventos que atrasaram muito a feitura das etapas, que descreverei adiante.

 

CRUZEIRO COSTA LESTE (SUDESTE E NORDESTE)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Entre os dias 12/08 a 06/09 estive ausente do veleiro, desembarcado. Nesse período o barco rumou para a Baía de Todos os Santos, Salvador, onde participou de diversas regatas. As partidas são sempre antecedidas de uma análise das condições do tempo: ventos, ondas, chuva, etc. Estas condições confirmam e estabelecem a melhor hora da partida, sua antecipação ou seu adiamento.

 

 

Jotão (José Nascimento)

 

Mestre-Amador

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